Pão Diário

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido. Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade. Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar. Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas. Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

domingo, 11 de setembro de 2016

Ame ao seu próximo como a si mesmo!
A parábola do bom samaritano: Lucas 10:25 
"Um mestre da Lei se levantou e, querendo encontrar alguma prova contra Jesus, perguntou: 
Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu: O que é que as Escrituras Sagradas dizem a respeito disso? E como é que você entende o que elas dizem? 
O homem respondeu: Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente E ame o seu próximo como você ama a você mesmo? 
A sua resposta está certa! disse Jesus Faça isso e você viverá! Porém o mestre da Lei, querendo se desculpar, perguntou: Mas quem é o meu próximo? 
Jesus respondeu assim: 
Um homem estava descendo de Jerusalém para Jericó No caminho alguns ladrões o assaltaram, tiraram a sua roupa, bateram nele e o deixaram quase morto. Acontece que um sacerdote estava descendo por aquele mesmo caminho Quando viu o homem, tratou de passar pelo outro lado da estrada Também um levita passou por ali Olhou e também foi embora pelo outro lado da estrada. Mas um samaritano que estava viajando por aquele caminho chegou até ali. Quando viu o homem, ficou com muita pena dele Então chegou perto dele, limpou os seus ferimentos com azeite e vinho e em seguida os enfaixou. Depois disso, o samaritano colocou-o no seu próprio animal e o levou para uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, entregou duas moedas de prata ao dono da pensão, dizendo: Tome conta dele Quando eu passar por aqui na volta, pagarei o que você gastar a mais com ele. 
Então Jesus perguntou ao mestre da Lei: 
Na sua opinião, qual desses três foi o próximo do homem assaltado? 
Aquele que o socorreu! respondeu o mestre da Lei E Jesus disse: Pois vá e faça a mesma coisa" 
Existem três pontos nessa ilustração que são a chave do entendimento da mesma, que são: 
1 A pergunta do mestre da lei: "Quem é o meu próximo?" 
2 A pergunta do Senhor Jesus: "Qual dos três foi o próximo do homem assaltado?" 
3 A resposta do mestre da Lei: "Aquele que o socorreu" 
Da mesma forma, quando servimos alguém nós nos tornamos o próximo dessa pessoa. Dessa maneira, qual a dificuldade que alguém terá para amar o seu próximo? 
Qual a dificuldade que você teria em amar alguém quem te ajudou, que se importou com você? 
Viu como é fácil obedecer aos mandamentos de Deus? 
Olhando as coisas por essa ótica torne-se amável, torne-se o próximo de alguém e ajude-o a cumprir o mandamento de Deus. Veja como essa palavra dá um golpe mortal na ingratidão. Considerando que nosso Senhor nos manda amar até mesmo os inimigos, como então se torna forte o mandamento para amar os amigos, aqueles que nos socorrem, tais como o pai, a mãe, o patrão, o pastor, o professor, o policial, o lixeiro, o rapaz da companhia de água, de luz, de telefone, o repórter que se dispõe a me dar notícias, enfim, todos aqueles que de alguma forma nos servem e fazem com que nós sejamos quem somos. 
Contudo, não fique esperando que alguém ame você. Torne-se amável e ame, ame ao seu próximo como a ti mesmo.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Humildade é o nosso dever
Romanos 12:16,
“Sede unânimes entre vós;” – não é o ecumenismo que está sendo ensinado neste versículo. O que está sendo ensinado é aquela atitude demonstrada por Jesus e os demais santos bíblicos. Jesus mesmo disse: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mateus 7:12). A mesma verdade aprendemos com Tiago quando disse: “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis” (Tiago 2:8). Perante os olhos de Deus todos somos igualmente pecadores, e todos precisam se arrepender de seus pecados crendo pela fé em Cristo.
Em vista disso a Bíblia diz: “…não ambicioneis coisas altas…” Romanos 12:7. Ainda em Gálatas 6:2 Paulo diz: “Levai as cargas uns dos outros …” Em Tiago 1:27 podemos ler: “Visitar os órfãos e as viúvas na suas tribulações …”. Aprendemos então que não devemos ter pretensões superiores sobre os nossos semelhantes.
Podemos notar registrado em Mateus as preciosas lições de humildade ensinadas por Jesus aos seus discípulos: “Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20:25-28).
“…mas acomodai-vos às humildes…” (Romanos 12:16). Também devemos gostar da companhia dos pobres e dos que são despojados de quaisquer qualificações, Tiago 2:1-5. Em Provérbios. 3:7 podemos observar o sábio conselho de Salomão: “Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal”.
Humildade É A Obra de Deus
Em II Cor. 7:6 diz: “Mas Deus, que consola os abatidos…” Os cristãos que têm tribulações, pobreza e sentimentos de fraqueza, sem dúvida alguma usufrui da companhia do poderoso Consolador, o próprio Deus.
O sábio tem a sua sabedoria para lhe consolar. O forte tem a sua força para lhe consolar. O rico tem a sua riqueza para lhe consolar. Porém, os fracos podem conhecer a beneficência, juízo e justiça do próprio Deus. Este é o consolo que o abatido pode gloriar-se (Jer. 9:23,24). Porém, não se glorie de sua pobreza, mas em Deus. A pobreza pode ser um fator convincente da sua necessidade de Deus, mas a glória deve ser dada a Deus.
Em Tiago 4:6 e em I Pedro 5:5 lemos: “Deus dá graça aoshumildes” . Deus ampara os desamparados e os humildes.Os que se julgam auto-suficiente, não precisam de amparo. Deus dá ajuda em tempo oportuno aos humildes. Os que se julgam poderosos, não precisam de graça. A graça de Deus sempre está ao lado dos espiritualmente fracos e necessitados. Veja o que Jesus disse a respeito disso em Marcos 2:17 e também em Lucas 5:32 Aos que se julgam perfeitos não precisam de misericórdia. Jesus Cristo está pronto para salvar todos aqueles que estão conscientes de sua falência espiritual. Veja esta grande verdade em Hebreus 4:15,16. Quando o pecador chega a conclusão da sua precária condição espiritual diante de Deus, então só resta chegar ao trono da graça para obter a misericórdia divina. Reconhecer a sua necessidade espiritual é dadiva de Deus.
É aconselhável que os humildes conheçam a importância desta ajuda: não há virtude na qualidade de ser pobre e fraco. Essas condições porém revelam a necessidade da ajuda divina. Certamente que a ajuda divina vem quando o pecador em qualquer circunstância chega ao trono da graça. Diante do trono da graça os humildes e miseráveis, espiritualmente falando, devem lançar sobre Ele as suas ansiedades (I Pedro 5:7-9); aproveitar dos sábios conselhos da Palavra de Deus (Sal. 19:9-11); ser mais obediente à Palavra do Senhor com determinação e fé (Fil. 4:6-9). Essa é a ajuda que todos recebem de Deus quando O procuram.