Pão Diário

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Porque é tão difícil orar?


Há tempos tenho estado perplexo por um problema que persiste na igreja há anos e que me interessa profundamente. Eis o problema: por que orar é tão difícil para os cristãos?
As Escrituras deixam claro que a resposta para tudo em nossa vida é a oração mesclada com a fé. O apóstolo Paulo registra: “Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filip. 4:6). Paulo está nos dizendo: “Busquem o Senhor em todas as áreas da sua vida. E agradeçam-nO antecipadamente por lhes ouvir!”
A ênfase de Paulo é clara: ore sempre em primeiro lugar! Não é para orarmos só em última instância: primeiro ir atrás dos amigos, depois do pastor ou de um conselheiro, para acabar finalmente de joelhos. Não - Jesus nos diz: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Devemos primeiramente ir até o Senhor - antes de a qualquer outro!
É de partir o coração ler as cartas enviadas para o nosso ministério de multidões de cristãos arrasados. Famílias estão se esfacelando, casais se divorciando, pessoas que por anos andaram em fidelidade a Cristo estão vivendo em temor e em derrota. Cada uma dessas pessoas tem sido derrotada por algo - pecado, depressão, mundanismo, cobiça. E ano após ano, parece que os seus problemas vêm piorando.
No entanto, o que mais me choca em suas cartas é que muito poucos destes cristãos chegam a mencionar a oração. Eles utilizam fitas gravadas, livros, conselheiros, programas de ajuda pelo telefone, todos os tipos de terapias - mas raramente a oração. Vivem todos os dias preocupados, amedrontados, com uma nuvem sobre suas cabeças, porque não possuem uma resposta para os problemas.
Por que é tão difícil para os cristãos, durante as crises, buscar a Deus em favor de necessidades desesperadoras? Afinal de contas, a Bíblia sustenta um longo testemunho de que Deus ouve os clamores dos seus filhos e os responde com terno amor:
“Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor” (Salmo 34:15).
“Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações” (verso 17).
“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (I Jo. 5: 14-15).
“...Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16).
“E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22).
“...a oração dos retos é o seu contentamento” (Provérbios 15:8).
“O Senhor...atende à oração dos justos” (verso 29).
“Atendeu à oração do desamparado e não lhe desdenhou as preces” (Salmo 102:17).
Ouça a grande vanglória de Davi: “No dia em que eu clamei, tu me acudiste e alentaste a força de minha alma” (Salmo 138:3). Davi dizia: “Fiz prova de Ti, Deus! Em todas as minhas lutas eu não busquei a mais ninguém. Procurei unicamente a Ti - e me ouvistes, respondestes, e destes-me força para a batalha que eu enfrentava!” “Clamaste na angústia, e te livrei...te respondi...” (Salmo 81:7).
Estas promessas e estes testemunhos constituem uma prova esmagadora do cuidado de Deus. E são tão variadas, profundas e numerosas, que não entendo como qualquer cristão poderia não alcançá-las!
Mesmo assim, quando se trata de oração, a Bíblia nos fornece mais do que promessas. Ela também nos previne quanto aos perigos de se negligenciar a oração: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?...” (Hebreus 2:3). Em grego a palavra “negligenciarmos” aqui significa “não nos interessarmos; não levarmos a sério”.
O contexto deste versículo é uma discussão das coisas relacionadas à nossa salvação - e a oração é obviamente uma delas. Deus está nos perguntando: “Como você espera escapar da ruína e da devastação nos tempos tenebrosos que se aproximam, se não aprendeu a manter a comunhão comigo em oração? Como você conhecerá e reconhecerá a minha voz naquele dia, se não aprendeu a ouvi-la em seu quarto em secreto?”
Creio que Deus está profundamente ferido pela negligência da oração por parte do seu povo em nossos dias. Jeremias escreve: “Acaso, se esquece a virgem dos seus adornos ou a noiva do seu cinto? Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta” (Jeremias 2:32).
Eis a minha grande pergunta - pergunta que simplesmente não consigo entender: Como pode o próprio povo de Deus - que está sob ataque constante do inferno, enfrentando problemas e tentações de todos os lados - passar semanas e semanas sem jamais buscá-lo? E como podem professar que o amam e crêem em suas promessas, e contudo jamais se achegar ao seu coração?
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O Escritor de Hebreus Conclama
a “Aproximarmo-nos de Deus”!
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Hebreus 10 contem uma promessa incrível. Diz que a porta de Deus está sempre aberta para nós, concedendo-nos acesso total ao Pai:
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hebreus 10: 19-22).
Alguns versículos adiante, somos avisados de que o dia do Senhor se aproxima rapidamente: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (verso 25). Deus está dizendo: “Agora mesmo, ao se aproximar o tempo da volta de Cristo, você necessita buscar a minha face. Chegou a hora de você se dirigir ao seu quarto em secreto e me conhecer!”
Creio que já estamos vendo os sinais que provam que estamos próximos à uma fusão do sistema financeiro: a violência e a imoralidade crescem. A nossa sociedade está presa ao prazer. Falsos profetas - “anjos de luz” - já enganaram a muitos com suas doutrinas dos demônios. E, a qualquer hora, poderemos ver a hora da tribulação, que levará o coração dos homens a fraquejar devido ao medo. No entanto, antes de tudo isto acontecer, o escritor aos Hebreus diz:
“Não permitam que a verdade venha a escapulir de vocês! Mantenham-se acordados e alertas. Vocês possuem uma porta aberta para a presença santa de Deus - então, dirijam-se a ele com plena certeza de fé, tornando conhecidas as suas petições. O sangue de Cristo já lhes abriu o caminho - e nada se coloca entre vocês e o Pai. Vocês têm todo o direito de entrar no santo dos santos, para receber todo o socorro de que necessitam!”
Quando não valorizamos o sacrifício de Jesus - que ele aceitou para que tivéssemos acesso ao Pai para todas as nossas necessidades - nós “desprezamos” a graça de Deus, provocando a sua ira!
Mesmo assim, com todas estas advertências poderosas quanto aos riscos de se negligenciar a oração, os cristãos ainda acham difícil orar. Por que? Creio que há quatro razões para isto?
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1. Alguns Cristãos Não Oram
Porque Têm um Amor Morno pelo Senhor
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Ao usar a palavra “morno” para descrever o amor de alguém por Jesus, não quero dizer que ele seja frio em relação ao Senhor. Em vez disto, quero significar que o seu amor é “barato” - não caro. Dou-lhe um exemplo:
Ao se dirigir à igreja de Éfeso em Apocalipse 2, ele primeiro os elogia por tudo que fizeram. Ele reconhece que trabalharam arduamente na fé - que detestam o pecado e as concessões, recusando-se a aceitar falsas doutrinas, jamais esmorecendo ou desistindo quando perseguidos, sempre defendendo o evangelho.
Mas, Cristo diz ter algo contra eles: abandonaram o seu fervente e caro amor por ele! “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (Apocal. 2:4).
De alguma maneira, no meio de todas suas obras, eles deixaram o seu caminhar amoroso, disciplinado, com o Senhor. E agora ele lhes diz: “Vocês deixaram o seu primeiro amor. Abandonaram a cara disciplina de vir à minha presença, de manter comunhão comigo!”
Note por favor: Jesus está falando aqui de crentes que começaram com um amor fulgurante por ele. Ele não está se dirigindo a cristãos mortos, frios, formais, que nunca o amaram acima de tudo. Pelo contrário, está dizendo: “É possível que uma pessoa que já teve um coração amoroso por Mim permita que o seu zelo se torne morno. O servo devotado que anteriormente corria todos os dias em busca de Mim em seu quarto em secreto, agora raramente chega a orar!”
Pense o quanto isto deve insultar a Cristo, que é o nosso noivo. Que tipo de casamento pode existir quando marido e mulher não possuem um período privativo de intimidade? E é bem a respeito disto que Jesus está falando aqui. Ele deseja momentos com você só para Ele, para desfrutar de intimidade!
Você pode dizer que O ama - mas se jamais aparece para estar com Ele, prova que não O ama em absoluto. Este tipo de comportamento jamais daria certo com um outro noivo. Se você dissesse à sua namorada que a amava, mas a visse só uma vez por semana - só o suficiente para dizer: “Olá, meu bem, eu te amo, agora tchau!” - ela não iria tolerar. Por que deveria Jesus - que se deu inteiro, deu a própria vida para você - tolerar?
Não importa a altura com que você louva o Senhor na igreja, o quanto diz que O ama, o quanto de lágrimas você derrama. Você pode contribuir com generosidade, amar os outros, detestar o pecado, repreender os culpados - mas se o seu coração não está sendo permanentemente atraído para a presença de Cristo, você simplesmente não O ama. Você está orando por orar, negligenciando a oração - e de acordo com as próprias palavras de Jesus, isto é uma prova de que perdeu o seu amor por Ele.
Todas as nossas obras são em vão, a menos que voltemos ao nosso amor flamejante por Jesus. Temos de nos conscientizar: “Amar a Jesus não se trata de realizar coisas; envolve a disciplina diária de se manter um relacionamento. E isto vai custar algo de mim!”
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2. Alguns Cristãos não Oram
Porque Perverteram as Suas Prioridades!
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Prioridade é a importância que se deposita em algo. E os cristãos que negligenciam a oração perverteram as suas prioridades!
Muitos cristãos garantem que oram se e quando têm tempo. Porém à cada semana, buscar a Cristo se torna menos importante para eles do que lavar o carro, limpar a casa, visitar os amigos, comer fora, fazer compras, assistir aos esportes. Simplesmente não criam tempo para orar.
Contudo, as pessoas não eram diferentes nos tempos de Noé e de Ló. Suas grandes prioridades eram comer e beber, comprar e vender, casar e cuidar da família. Não tinham tempo para ouvir mensagens da condenação de Deus que chegava. E assim, ninguém estava preparado quando o julgamento caiu sobre eles!
Evidentemente, nada mudou com os séculos. Para a maioria dos americanos, Deus permanece no fundo da lista de prioridades. E no alto estão a sua renda, segurança, o prazer, a família. É claro, para muitos americanos Deus nem participa da lista. Mas isso não magoa Deus tanto, quanto a valorização que ele recebe de Seus próprios filhos!
Hoje, milhares de cristãos atravessam o país para receber oração de algum ministro, profeta ou evangelista. Estes crentes desejam sentir o toque de Deus e uma experiência extática de Sua presença. Mas mesmo que consigam o que buscam, a experiência só dura um tempo curto. E, ironicamente, todo o tempo em que estão viajando e buscando o toque de Deus, eles não gastam cinco minutos em oração!
Amado, o Senhor não deseja as suas sobras - aqueles insignificantes pedacinhos de tempo quando você só tem um instante para mandar ao céu um breve pedido de oração. Isto não é um sacrifício de oração. É uma oferenda capenga - e ela polui o altar dEle!
O profeta Malaquias escreve: “Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? - diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 1:8).
Malaquias está dizendo: “Vocês estão trazendo qualquer animal velho da criação para sacrificar na presença de Deus. Porém estas oferendas são desleixadas, descorteses, de segunda mão. Experimentem dar este tipo de oferta para o seu governador. Ele os lançará fora de sua presença!”
Deus esperava que o seu povo percorresse o seu rebanho cuidadosamente, examinando um por um dos animais, para escolher o mais perfeito dentre eles para Lhe sacrificar. E hoje igualmente, Deus espera o mesmo de nós. Ele deseja o nosso tempo de qualidade - o tempo sem pressa ou correria. E devemos fazer deste tempo uma prioridade!
Uma vez encontrei-me com o pastor de uma das maiores igreja dos Estados Unidos. Este homem era um dos ministros mais ocupados que eu já vi. Ele me disse sem se desculpar: “Não tenho tempo para orar”. Porém, o que ele realmente queria dizer era: “Não dou nenhuma prioridade para a oração.”
Ao visitar a sua igreja, não discerni nenhum movimento do Espírito de Deus na congregação. Em verdade, era uma das igrejas mais mortas em que já preguei. Mais ainda, como poderia haver alguma vida, se os pastores não oravam?
O fato é o seguinte: nenhum cristão vai separar tempo para a oração a menos que ela se torne a sua primeira prioridade na vida, acima de tudo mais - acima da família, da carreira, do lazer, de tudo. De outro modo, o seu sacrifício estará pervertido!
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3. Alguns Cristãos não Oram
Porque Aprenderam a Viver sem Oração !
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Muitos cristãos acham que a única coisa que se requer deles é que vão à igreja, adorem, ouçam à pregação, resistam ao pecado, façam o melhor possível, e tudo estará bem com eles. Este é o sacrifício que trazem para Deus - e acham que Ele se agrada disto!
Tenho gasto tempo junto ao leito de cristãos moribundos que eram fiéis freqüentadores da igreja por mais de cinqüenta anos. Eram pessoas que nunca faltaram á uma reunião. Eram pessoas boas, de família, e podiam discorrer a respeito de qualquer assunto espiritual. Mas não tinham nenhum tipo de vida de oração. Gastavam horas com suas famílias, ou sentados em frente à TV, ou trabalhando em seus hobbies - mas não dispunham de tempo para estar a sós com Cristo.
Isto pode lhe soar áspero, mas creio que estas pessoas foram para a eternidade sem conhecer o seu Senhor. Deus nunca se aproximou deles - porque eles nunca chegaram perto dEle!
Temo por todo cristão que aprendeu a viver confortavelmente sem vida diária de oração - que nunca teve uma comunhão crescente com o Senhor. Estes tipos de pessoas acabam estranhas para Ele. E estarão entre aqueles que Cristo repreende no dia do juízo: “Sim, você realizou muitas obras - curou pessoas, realizou milagres, trouxe muitos para o meu reino. Mas nunca lhe conheci. Afaste-se de mim, estranho!”
Como escaparemos da ira e do desprazer de Deus, se negligenciarmos o Seu grande dom da salvação? Como enfrentá-lO no dia do julgamento, quando os livros serão abertos para revelar que não gastamos nenhum tempo com Ele? Podemos responder: “Senhor, compreendo que arranjei muito pouco tempo para Ti. Gastei-o todo para mim mesmo, para minha família, minha carreira. Mas agora estou disposto a gastar a eternidade para Te conhecer”. Você acha que Ele aceitará isto? Não - nunca!
O fato, é que se pode passar uma vida toda sem oração. Em verdade, sei de alguns pastores e evangelistas “de sucesso” que aprenderam a ministrar totalmente sem oração. Podem trazer entretenimento, contar grandes histórias e fazer rir. Mas não conseguem trazer convicção a alguém, ou transformação, ou levá-lo a buscar a face de Deus!
Depois de um certo tempo, estes homens chegam a um profundo desespero. Por que? Eles tornam-se mais e mais dependentes do braço da carne, em vez do Senhor. E as suas vidas se tornam cheias de confusão de todos os lados. Pregadores sem oração constituem pregadores sem poder!
Igualmente, cristãos sem oração são ocos na fé, alvos fáceis para os falsos mestres, rapidamente desviáveis do evangelho verdadeiro. Tais cristãos estão sempre “aprendendo” - mas nunca alcançando a maturidade!
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4. Alguns Cristãos não Oram
Porque não Crêem que Deus
Ouça as Suas Preces !
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Com o tempo, muitos crentes se tornam desencorajados devido à preces não respondidas - e, finalmente, simplesmente desistem. Pensam: “Talvez eu tenha falta de fé. O que eu sei, é que para mim a oração não funciona. E por que eu haveria de orar se não funciona?”
Os israelitas no tempo de Isaías tinham a mesma atitude. Isaías escreveu: “...me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça... perguntam-me...têm prazer em se achegar a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?...” (Isaías 58:2-3).
Estas pessoas estavam acusando Deus de abandono dos filhos! Estavam dizendo: “Amo a Deus - pratico o que é reto e evito o pecado. E até há pouco tempo, era fiel em buscá-lO em oração. Mas, sabe o que aconteceu? Ele nunca me respondeu! Então, por que eu deveria continuar a afligir minha alma diante dele? Ele nunca tomou conhecimento dos meus pedidos!”
Muitas cristãs solteiras tendem a pensar assim. Elas dizem: “Durante anos busquei o Senhor em sinceridade, pedindo-Lhe que trouxesse para a minha vida um homem de Deus. Já orei por mais de uma década. Mas não aconteceu nada!” Então elas próprias tentam fazer com que um casamento aconteça - e o desastre segue-se.
Recentemente, um pastor me escreveu uma carta alarmante: “Irmão Wilkerson, a semana passada fechei as portas da igreja que pastoreei por vários anos. Simplesmente debandei a congregação e abandonei o púlpito. Durante anos oramos por um reavivamento - mas isto nunca aconteceu. Oramos por um edifício - mas isto nunca se concretizou. Com os anos fomos diminuindo para trinta pessoas. Simplesmente não estava adiantando. E agora estou saindo em busca de outro emprego.”
Apiedo-me por este homem abatido. Contudo, eu concordo - ele precisa de um outro emprego, porque para começo de conversa, ele provavelmente não foi chamado para ministrar. Entenda, o nosso chamado não é para ver acontecer um reavivamento, ou para construir um prédio para a igreja, ou para ter números respeitáveis na congregação. Não - o nosso chamado é para ministrar fielmente em favor do Senhor - e isto inclui a nossa vida de oração!
Tiago escreve que Deus não responde as orações daqueles que pedem coisas para simplesmente satisfazerem a si próprios: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4:3). Em outras palavras: “Você não está pedindo a vontade de Deus. Você não está pronto para submeter-se a tudo que Ele desejar. Em vez disto, você está tentando ditar-Lhe as coisas que satisfarão o seu próprio coração!”
Não se engane - o nosso Deus é totalmente fiel. Paulo escreve: “...Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem...” (Rom. 3:4). Ele está dizendo em essência: “Não importa se você escuta um milhão de vozes clamando: ‘A oração não adianta. Deus não me ouve!’ Que todo homem seja chamado de mentiroso. A palavra de Deus se mantém - e Ele é fiel em nos ouvir!”
Jesus disse, “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mateus 21:22). Em poucas palavras Cristo está dizendo: “Se você crer verdadeiramente, estará desejoso de esperar e aguardar uma resposta do seu Pai celestial. E não vai lhe importar quanto tempo vai levar. Você se agarrará à fé, crendo que Ele responderá!”
Se Deus está atrasando uma oração sua em particular, pode ter certeza de que Ele está testando a sua fé. Ele deseja que você creia nEle quando Ele aparenta estar em silêncio. E lhe testa, para ver ser você diz: “Eu desisto. Ele não responde!” No final das contas, Ele deseja que a sua fé se desenvolva tão pura como o ouro - de maneira que você estará equipado para receber muitas respostas, suas e para os outros!
Uma vez li a história de uma santa de Deus - uma irmã idosa, muito querida, que havia andado próxima a Jesus por muitos anos. A sua vida de oração era tão intensa, que as pessoas de todos os lugares pediam que ela orasse por elas. Um dia uma amiga lhe escreveu solicitando uma oração, e a mulher concordou.
Algumas semanas mais tarde, esta mulher piedosa recebeu outra carta desta mesma amiga, dizendo: “Obrigada por ter orado - eu fui curada!” Mas a senhora piedosa se convenceu de que havia esquecido de orar! Ela se alegrou de que a sua amiga havia sido curada - mas mesmo assim ficou pensando: “Senhor, ela disse que a sua fé era débil. Por que o Senhor a curou, se eu me esqueci de orar?”
Deus lhe respondeu: “Eu a curei porque você Me conhece! Você se aproximou tanto de Mim, que cumpri o desejo específico que você tinha pela sua amiga - mesmo sem a sua oração.”
“Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para com os que em ti se refugiam!” (Salmo 31:19). “...porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará” (Salmo 34:10).
Vá ao seu lugar secreto com regularidade, e busque-O de todo o seu coração. Eis a resposta que você deve dar para restaurar um casamento, a favor de membros da família não salvos, para toda necessidade de sua vida. As respostas dEle podem não vir da noite para o dia. Contudo, Deus fará a obra no tempo dEle e da maneira dEle. A parte que cabe a você é confiar que Ele é fiel em responder - porque você é Seu filho amado!
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David Wilkerson
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


O Código da Bíblia
 O assunto do "Código da Bíblia" já circula há vários meses. Quase todas as grandes revistas noticiaram a "descoberta". O código foi vendido como sensação e o livro escrito a respeito tornou-se um bestseller. O matemático israelense Eliyahu Rips e o jornalista americano Michael Drosnin estão convictos de que é possível decifrar o código da Bíblia por meio de operações matemáticas por computador. Segundo os autores, no código estariam previstos o Holocausto, a morte de Rabin, a presidência de Bill Clinton, entre outros acontecimentos. Nesse meio tempo, porém, também se ouviram vozes pessimistas questionando ou rejeitando o código. Vários especialistas o classificaram simplesmente como bobagem e acrobacia numérica. A Sociedade Bíblica Alemã tomou posição em uma reportagem intitulada "Deus não fala por códigos" e conclamou a uma avaliação sóbria. A revista "Bibel Report" afirmou que, com talento para combinar as letras de diferentes maneiras, pode-se encontrar praticamente todos os acontecimentos importantes. O procedimento seria semelhante à leitura do destino em formas surgidas do endurecimento de chumbo derretido ou à adivinhação através da leitura da borra de café. De acordo com a Sociedade Bíblica Alemã, é difícil acreditar que Deus tenha falado a Seu povo de forma codificada durante 3.000 anos, e que tiveram de aparecer os senhores Rips e Drosnin (que nem são crentes no sentido bíblico) para descobrir o que Ele de fato queria dizer.
Alguns crentes mencionam a passagem de Daniel 12.4 e pensam que, com o código da Bíblia, essa época agora tenha chegado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará". Evidentemente essa passagem não se refere a um código bíblico secreto, mas ao aumento do conhecimento sobre aquilo que já está escrito na Bíblia. O contexto geral de Daniel 12 leva a concluir que esta passagem trata do tempo do fim, quando mais e mais pessoas chegarão ao conhecimento da verdade em Jesus e converter-se-ão. E isto realmente está acontecendo hoje em dia. Caso os senhores Drosnin e Rips tivessem razão, nenhum cristão que crê na Bíblia poderia lê-la sem idéias pré-concebidas. Teríamos de esperar pelas interpretações desses ou de outros "decifradores de códigos bíblicos" para poder predizer acontecimentos futuros. Fica a impressão de que através da tese do "Código da Bíblia" a Palavra de Deus torna-se mais morta do que realmente digna de crédito. Um artigo do boletim "Topic" (12/97) dizia: revelações segundo o método do "Código da Bíblia" também acontecem fora da Bíblia.
Seguindo o método do "Código da Bíblia", o matemático australiano Brendan McKay trabalhou com o romance "Moby Dick". Ele chegou aos mesmos resultados "sensacionais" como Michael Drosnin, o autor do livro "O Código da Bíblia". McKay encontrou dados apropriados para acontecimentos como o assassinato de Indira Ghandi, de Martin Luther King, de Yitzhak Rabin e até do trágico acidente de Lady Diana. Não se deve esquecer de que no hebraico não existem vogais. Isso significa que as sílabas são ambíguas e, além disso, as palavras são mais curtas. Dessa maneira, as chances de se encontrar codificações que fazem sentido são muito superiores do que no inglês ou em outros idiomas. Apesar disso, o romance inglês "Moby Dick" (de 1851) já "previu" todos esses acontecimentos terríveis. McKay também realizou cálculos em relação ao nome de Michael Drosnin. Bem próximo ao nome, o matemático australiano encontrou a palavra "liar" – "mentiroso", assim como algumas referências à morte do autor do livro "O Código da Bíblia".
A Bíblia é a Palavra de Deus! Nela é descrito o passado, o presente e o futuro, e o que é mais importante: a fé absolutamente necessária em Jesus Cristo. Para compreender isso não necessitamos de nenhum "Código da Bíblia" especial, mas sim do novo nascimento e da orientação do Espírito Santo. Jesus disse em João 3.3: "...se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." E em 1 Coríntios 2.10-12 lemos: "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim, também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente."

Fonte: www.elnet com.br

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lucas 5.17-26Jesus cura um paralítico 


Um dia Jesus estava ensinando, e alguns fariseus e alguns mestres da Lei estavam sentados perto dele. Eles tinham vindo de todas as cidades da Galileia e da Judeia e também de Jerusalém. O poder do Senhor estava com Jesus para que ele curasse os doentes. Alguns homens trouxeram um paralítico deitado numa cama e estavam querendo entrar na casa e colocá-lo diante de Jesus. Porém, por causa da multidão, não conseguiram entrar com o paralítico. Então o carregaram para cima do telhado. Fizeram uma abertura nas telhas e o desceram na sua cama em frente de Jesus, no meio das pessoas que estavam ali. Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico:
— Meu amigo, os seus pecados estão perdoados!
Os mestres da Lei e os fariseus começaram a pensar:
— Quem é este homem que blasfema contra Deus desta maneira? Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder.
Porém Jesus sabia o que eles estavam pensando e disse:
— Por que vocês estão pensando assim? O que é mais fácil dizer ao paralítico: “Os seus pecados estão perdoados” ou “Levante-se e ande”? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados.
Então disse ao paralítico:
— Eu digo a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.
No mesmo instante o homem se levantou diante de todos, pegou a cama e foi para casa, louvando a Deus. Todos ficaram muito admirados; e, cheios de medo, louvaram a Deus, dizendo:
— Que coisa maravilhosa nós vimos hoje!


sábado, 19 de janeiro de 2013

Não é fácil definir o sistema crencionista dos Povos Originários do Brasil, primeiro porque se trata de vários povos, com culturas diversas, segundo porque, devido à grande movimentação destes povos pelo vasto território brasileiro, os seus costumes e, portanto, também a sua crença sofreram contínuas e profundas modificações através do tempo.

Os antropólogos admitem em geral que se trata de povos de origem mongólica (mongóis siberianos), que teriam atravessado do estreito de Bering, povoando o continente americano desde o Canadá até a Terra do Fogo. É possível que algumas levas de semitas, talvez de fenícios, tenham navegado até o México, e mesmo que povos da Melanésia tenham abordado a costa do Pacífico, penetrando no interior da América do Sul. Mas trata-se de hipóteses sem fundamento consistente, e, em todo o caso, não foram tão importantes que alterassem de modo sensível a etnia mongólica de nossos indígenas.

As aparentes diferenças de cor da pele e de estatura corporal podem muito bem ser explicadas pelo ambiente em que os nossos indígenas viveram e ao regime alimentar que adotaram. Assim, os indígenas protegidos pela densa floresta conservaram-se mais claros do que os dos cerrados, mais expostos ao sol, e os que se alimentaram de caça se desenvolveram fisicamente mais do que os que só tinham peixe por dieta.

Os etnólogos admitem também quatro grandes áreas culturais: a Andina, que se desenvolveu a partir do Paraná, com intensa agricultura, produzindo à urbanização, a arquitetura, a indústria de tecidos e cerâmica, cujo expoente máximo é o Império dos Incas; a do Círculo das Caraíbas (Antilhas, Colômbia, Venezuela), de agricultura menos intensa e de organização social menos refinada, mas com uma cerâmica expressiva; a da Grande Floresta, com agricultura de subsistência, caça e pesca; a dos Cerrados, a mais pobre culturalmente, caracterizada pela coleta de frutos, raízes, pequenos animais. A arqueologia, por sua vez, admite que os primitivos habitantes da América do Sul se tenham concentrado, primeiramente, em certas áreas verdes das cabeceiras dos grandes rios, e só aos poucos povoaram o resto do continente sul-americano, à medida que a floresta progredia pelas savanas e pelas margens fluviais. Este fato esclarece até certo ponto que os indígenas da América do Sul, em particular do Brasil, tenham formado desde tempos remotos grandes grupos linguísticos distintos, pois os primitivos habitantes destas regiões tiveram de viver milênios segregados em suas ilhas verdes, criando costumes próprios. Esclarece igualmente o fato de nos últimos milênios se terem dado a uma grande movimentação pelo território brasileiro, a ponto de o grupo Tupi-Guarani, originário do território da atual Rondônia brasileira, se ter espalhado por todo o território brasileiro atual, desde o Estado do Rio Grande do Sul até o atual Amapá.

Acresce que o estudo da crença de nossos indígenas foi bastante descurado pelos sábios e mesmo frontalmente mal interpretado. Os antigos missionários católicos, no afã de reduzir os indígenas à fé catolica, interpretavam apressadamente as suas figuras míticas nos padrões da teologia católica, identificando, por exemplo, Tupã com Javé e Anhangá com o demônio. De sua parte, os antropólogos modernos, interpretam frequentemente as crenças dos nossos indígenas dentro de padrões socioeconômicos atuais, que tira todo o sentido original da crença de nossos aborígines.

Os Sistemas de crenças Indígenas

Desta forma, é muito difícil definir, como foi dito, o sistema religioso de nossos indígenas, e só muito por alto podemos enquadrá-lo nas formas estereotipadas de animismo, totemismo, xamanismo. Preferimos, por isso, descrever os elementos religiosos que mais chamam a atenção dos estudiosos, sem lhes dar uma interpretação definitiva. No entanto, não podemos deixar de ressaltar os elementos xamãnicos, como a crença em um Ser Superior, de caráter celeste, em espíritos também celestes, que intervêm na vida dos homens e nas atividades do pajé, lembrando de perto as atividades do xamã siberiano (transes extáticos, invocação e domínio dos espíritos).

Os ritos são de tipo socioeconômico (ritos de caça, de pesca, de guerra), notando-se a ausência de um culto especifico a alguma figura divina, a não ser entre os Aruaque e Caraíba, talvez por influência de povos vizinhos, como os Chibcha, de cultura superior.

Resumindo, podemos dizer que os grupos indígenas, que povoaram o Brasil antes do advento dos portugueses, não chegaram a um conceito claro da divindade, menos ainda a cultuar publicamente um deus único, mas certamente tenderam a um monoteísmo implícito na figura de um Ser Superior.

A menor ou maior manifestação deste monoteísmo primitivo está condicionada ao sistema de vida que os diversos grupos tiveram de adotar conforme o ambiente em que viveram: a de simples colhedores, em plena floresta tropical; a de caçadores, nos cerrados; e a de incipiente agricultura nas regiões mais férteis.

A vida errante, a que foram compelidos pelas condições adversas do clima e pelas continuas lutas entre os grupos, impediram a elaboração mais refinada de suas crenças e o desenvolvimento de um culto específico.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Homem sem Deus é 'Mau até os Ossos'?


Segundo o que dispõe o profeta Miquéias, tanto o melhor quanto o mais justo dos homens são reprováveis diante de Deus e precisavam nascer de novo. A reprovação divina não é por causa da moral, do comportamento, da psique, da condição física ou financeira dos homens. Os homens tornaram-se reprováveis (desagradáveis) diante de Deus por causa da condenação estabelecida em Adão. Em Adão ‘pereceu’ da terra o homem  piedoso. Todos deixaram de ser retos diante de Deus ( Mq 7:2 ; Rm 3:23 ).
ocalvinista Phil Johnson fez o seguinte comentário ao livro de Efésios, capítulo dois, versos um a três: “Observem de perto o que ele diz ali: Toda pessoa não regenerada está espiritualmente morta, andando de acordo com Satanás, sendo por natureza filha da ira. Nós nascemos neste mundo como completos pecadores - não simplesmente um pouco manchado pelo pecado, mas completamente, desesperadamente, em escravidão a ele. Todo aspecto de nosso ser - mente, emoções, desejos, e até mesmo nossa constituição física - é corrompido, controlado, e desfigurado pelo pecado e seus efeitos. Ninguém escapa desse veredicto. Nós somos totalmente depravados” Phil Johnson, Maus até os Ossos, artigo publicado no Site Bom Caminho, tradução de Juliano Heyse, título original: B-b-b-b-bad to the bone, Blog Pyromaniacs (grifo nosso).
Neste pequeno parágrafo o Sr. Johnson nomeia a condição do homem sem Cristo de ‘totalmente depravados’, ‘completos pecadores’. Para descrever a condição de sujeição ao pecado ele utiliza as seguintes palavras: todo, completos, desesperadamente, totalmente, etc. Até mesmo a constituição emocional e física do homem é descrita por Johnson como sendo corrompida, controlada e desfigurada pelo pecado.
Analisemos o comentário do Sr. Phil Johnson à luz da bíblia.
Princípios Bíblicos
A bíblia demonstra que o melhor dos homens é comparável a uma sebe (cerca) de espinhos e o mais reto dos homens comparável a um espinho, ou seja, todos os homens gerados segundo Adão são pecadores "O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que a sebe de espinhos; veio o dia dos teus vigias, veio o dia da tua punição; agora será a sua confusão" ( Mq 7:4 ).
Não importa as questões morais, físicas ou psíquicas do homem: tanto o melhor quanto o mais reto dos homens são igualmente pecadores (comparáveis a uma cerca de espinhos ou a um espinho) por serem gerados participantes da natureza caída de Adão. Todos os homens ‘germinaram’ de uma semente corruptível (espinheiro), a semente de Adão.
Outra figura que ilustra esta mesma realidade foi exposta por Jesus no famoso Sermão do Monte. Os homens quando nascem entram por uma porta larga (Adão) e seguem por um caminho largo que os CONDUZEM à perdição. Jesus demonstrou que, para o homem ver-se livre de tal condenação é necessário nascer de novo ( Jo 3:3 -7; Mt 7:13 -14).
 Aplicação Prática
Compare o que a bíblia diz acerca destas quatro pessoas e aponte qual delas era mais (ou menos) pecadora (segundo Phil, depravados)?
·        Nicodemos, que era mestre, juiz, judeu e um religioso exemplar, e que, portanto, representava o melhor que a sociedade à época dispunha no comportamento e na moral ( Jo 3:1 );
·        A mulher samaritana, por ter convivido com cinco maridos e o que ela tinha não lhe pertencia ( Jo 4:18 );
·        O paralítico do tanque de Betesda, que ficou à beira do tanque por trinta e oito longos anos ( Jo 5:5 );
·        O jovem rico: apesar da religiosidade e cumpridor dos ‘mandamentos’, apegado a sua riqueza.
Embora não fosse dado à promiscuidade, Nicodemos não estava em uma posição melhor diante de Deus, se comparado à condição da mulher samaritana. Percebe-se que, diante de Deus, tanto Nicodemos quanto a mulher samaritana precisavam nascer de novo.
Do mesmo modo, tanto o Jovem rico, cumpridor dos mandamentos, quanto o paralítico, que passou trinta e oito anos deitado à beira do tanque, haveriam de perecer, caso não se arrependessem. Ora, quem era ‘mais’ pecador: o paralítico ou o jovem rico? Que ‘depravação’ há em ficar trinta e oito anos à beira do tanque de Betesda esperando um anjo agitar as águas? Como poderia o jovem rico ser completamente depravado, se ele era cumpridor dos mandamentos?
Porém, o que se observa diante da mensagem do evangelho, é que, tanto o paralítico no tanque de Betesda quanto o Jovem rico precisavam arrepender-se, pois ambos, de igual modo pereceriam, caso não se arrependessem “Não, vos digo! Antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” ( Lc 13:5 ).
 Considerações Essenciais
Alguns judeus pensavam que os galileus que foram mortos por Pilatos, cujo sangue foi misturado aos sacrifícios que eles realizavam, eram mais pecadores que todos os outros galileus ( Lc 13:1 -5). Por que os judeus chegaram a esta conclusão?
Segundo a concepção deles, os galileus eram pecadores por serem gentios. Porém, havia um agravante: estavam sacrificando aos ídolos. Como o sangue dos galileus que foram mortos foi misturado ao sangue do sacrifico que ofereciam aos ídolos, concluíram que padeceram tais coisas por serem mais pecadores que todos os outros galileus.
Porém, Jesus afirmou que os galileus que foram mortos não eram mais pecadores que o restante dos galileus por terem sido mortos, antes, todos eles haveriam de perecer de igual modo, caso não se arrependessem.
Para ilustrar seu ensinamento, Jesus os fez lembrar a queda da torre de Siloé, que ficava em Jerusalém. Não é porque dezoito pessoas morreram na queda da torre, que eram mais pecadoras que os moradores de Jerusalém.
Como os judeus se consideravam filhos de Deus por serem descendentes de Abraão, acabavam por apontar as catástrofes envolvendo outros povos como sendo resultado do pecado, porém, esqueciam que também eram sujeitos as catástrofes.
Com base no alerta que Jesus deu, percebe-se que os judeus acreditavam (por serem descendentes de Abraão) que estavam em uma condição melhor diante de Deus, se comparados aos galileus que foram mortos por Pilatos.Mas, Jesus demonstrou que todos os homens precisam mudar de concepção acerca de como se alcança a salvação de Deus (arrependimento), pois se não mudarem de conceito, igualmente perecerão ( Lc 13:1 -5).
Este evento em particular demonstra que é uma concepção humana, desprovida de respaldo bíblico, apontar qualquer evento catastrófico, enfermidades, calamidades, deformidades, etc., como sendo provenientes ou causados pelo pecado.
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